Chegou a hora de decisão no NBB, e nosso Flabasquete, tem um relacionamento fortíssimo com esse momento.
Nas outras 10 edições do campeonato, chegamos em todos os playoffs. Na verdade apenas uma vez caímos nas quartas de final, e isso é um feito histórico, e mostra como nosso clube vem dominando o cenário nacional na ultima década.
Aqui tem camisa. Aqui tem história. Aqui tem bastante casca para saber enfrentar um momento de pressão e decisão como este, mas onde os grandes jogadores gostam de estar.
Talvez por isso, tenha enfrentado a equipe do Corinthians com um nível de concentração tão alto, tornando quase impossível uma ação do adversário, nos três jogos dessa série de quartas de final.
Flamengo x Corinthians no campo
O duelo sempre foi conhecido e ovacionado nos campos, por carregar as duas maiores multidões do nosso esporte. Nas quatro linhas, decisão de titulo mesmo só aconteceu uma única vez, e foi por um campeonato já extinto, a supercopa do Brasil de 1991, que reunia os recentes campeões do campeonato brasileiro (Corinthians), e da Copa do Brasil (Flamengo). Naquele ano a equipe de São Paulo, sairia com a taça.
Mas provavelmente os jogos que as duas torcidas mais lembram, comentam e vibram são os confrontos de oitavas na libertadores de 2010, onde saímos classificados, com protagonismo do então império do amor, formado na época por Adriano e Vagner Love; e mais recentemente o duelo das semi finais da Copa do Brasil, vencida por eles.
História, grandeza e protagonismo as duas equipes sempre tiveram, e esse duelo chegou enfim em um playoff de NBB.
Flamengo x Corinthians no NBB
O Flamengo como em todas outras temporadas do campeonato, se classificou entre os quatro primeiros, ganhando folga na primeira rodada de playoffs.
Já o Corinthians, precisou suar um pouco mais passando pelas oitavas, e batendo o Brasília na série melhor de 3 por 2×1.
As 2 equipes se enfrentaram por duas vezes na temporada regular, com o FlaBasquete saindo vitorioso as duas vezes. Tanto quando jogou em casa, quanto fora.
Hora de Mata Mata
Depois de ter descansado na primeira fase de playoffs, o Flamengo aguardou o Corinthians, e enfim as duas equipes começaram disputar as quartas de final.
Jogo 1
O primeiro jogo do confronto aconteceu em território corintiano, no ginásio Wlamir Marques, onde a torcida compareceu e tentou exercer pressão sobre os jogadores do Flamengo. A partida começou até equilibrada, com um 1°/4° bem parelho, as equipes chegaram a ir para o vestiário no final do primeiro tempo com apenas 2 pontos de diferença para equipe Rubro-Negra (42×40), mas na volta para o 3°/4° aos poucos o Flamengo foi se impondo em seu rodízio de qualidade já bem conhecido, o Corinthians foi ficando encurralado, e de um certo jeito minado, e não resistiu mesmo em casa, ao poderio do mais querido por 92×73.
O grande destaque Rubro-Negro nesta partida, foi o bahamense David Nesbitt que veio do banco para anotar 22 pontos, sendo 5 bolas de 3 em 6 tentadas. Um aproveitamento monstruoso de 83%.
Jogo 2
O jogo 2 também começaria equilibrado, com as duas equipes trocando pontos, e a defesas funcionando. Sem contar com o número de erros, que sondava a partida. Mesmo assim, mais uma vez o Flamengo foi se impondo, o jogo fluindo, defesa precisa e um 79×60 no final da partida.
Marquinhos terminaria a partida como maior cestinha pelo lado do Flamengo, com 15 pontos. Entretanto o jogador mais equilibrado foi o ala pivô Rafael Mineiro que terminaria a partida com 11 pontos, 8 rebotes 2 assistências e 20 de eficiência, em uma partida onde o som da torcida ecoou em um Tijuca Tênis lotado.
Jogo 3
Com uma atmosfera ainda mais favorável, um Tijuca Tênis ainda mais lotado, e uma sinergia fora de série entre torcida e time, o Flamengo entrou em quadra com a missão de ganhar e encerrar logo a série. Em contrapartida, o Corinthians enxergava nesse jogo a ultima oportunidade de se manter vivo no NBB, e mais uma vez iniciou a partida, fazendo frente a equipe Rubro-Negra, com um primeiro quarto bem parelho.
Mas assim como nos outros jogos da série, o Flamengo foi amassando o rival, minando todas as alternativas de reação. Uma torcida barulhenta exercendo pressão, em um clima espetacular dentro do ginásio; Um Olivinha monstruoso com seus 17 pontos. Um Varejão flertando com um duplo-duplo pegando 12 rebotes e fazendo 9 pontos. Um Balbi maestro com 16 pontos 4 rebotes e 4 assistências. Um Marquinhos sempre contribuindo com seus 15 pontos. E um Flamengo coletivo fazendo 91×65, varrendo a série da forma mais bruta possível. Sem levar susto em nenhum dos seus jogos.
Jogando como equipe, como conjunto. Aprendendo que se fizer o companheiro se destacar, o grupo inteiro que acaba sobressaindo. E este é o Flamengo que agora aguarda o confronto entre Pinheiros e Botafogo. Série que esta em 2×1 para equipe da capital Paulista.
Ao final da série, alguns jogadores falaram, dos jogos contra o Corinthians, e da expectativa para próxima fase, de um campeonato que se afunila.
O armador David Rossetto, destacou a força do grupo, de como os jogadores vindos do banco conseguem ser efetivos , causando desequilíbrio e cansaço no adversário. David também falou da expectativa de quem vier na próxima fase, da outra chave. Equipes que cresceram durante o campeonato, porem quem vier será bastante estudado pelo grupo.
O Pivô Anderson Varejão, destacou não poder perder o foco, continuar a evolução e não perder o ritmo da maneira que vem jogando, e encarar a próxima fase da melhor maneira possível. (imagem – Andeson Varejão)
Já o rei da raça Olivinha destacou a emoção de ter ouvido a torcida no ginásio, gritando o nome dele, e cantando parabéns, uma vez que o ala pivô fez aniversário na ultima quinta feira. 18/04
O técnico Gustavinho falou sobre o quanto sua equipe vem estudando sobre os adversários, da mesma forma que foi com o Corinthians, Pinheiros e Botafogo também serão bem estudados. O quanto foi importante fechar a série em 3×0 para a equipe descansar e poder treinar, mas que não gosta de ficar muito tempo sem jogar.
E nessa balada, o FlaBasquete vai escrevendo sua história nesse NBB 2018/2019, contando muito com a ajuda da torcida, que mais uma vez, fez um excelente papel, deixando o ginásio lotado, fazendo barulho, pegando no pé do adversário, e carregando nos braços, esses caras que sempre honram o nosso tão valorizado manto sagrado.
Que venha as semifinais. Seja no Tijuca, Maracanãzinho, ou Arenas da Barra, essa sinergia entre torcida e time precisa continuar. Rumo a final! Rumo ao título.
“Feito de torcedores, para torcedores!”